quarta-feira, 15 de março de 2017

O Tema Risco em Prince 2

O tema Risco procura enfatizar a necessidade de identificar, avaliar e controlar as incertezas e aumentar a capacidade do projeto de ter sucesso e atingir seus objetivos.

Os riscos são inerentes aos projetos porque os projetos sempre trazem mudanças nos modelos atuais de operação. As mudanças por sua vez produzem incertezas em relação ao estado anterior.

Apesar da conotação negativa natural da palavra, a ocorrência do risco poderá produzir efeitos negativos ou positivos aos objetivos do projeto, que normalmente estão associados a prazo, custo, qualidade, escopo e benefícios. Sendo assim, de acordo com o tipo de impacto (negativo ou positivo) o risco pode ser classificado como:

  • Ameaça, quando a incerteza traz consequências negativas aos objetivos do projeto diminuindo ou eliminando as suas chances de sucesso. 
  • Oportunidade, quando o risco traz um impacto favorável ao projeto, ajudando-o a atingir seus objetivos.
De acordo com a classificação do risco (ameaça ou oportunidade), serão definidas ações ou respostas que o projeto utilizará para combater ou maximizar as chances do risco ocorrer. 

No PRINCE2®, o Gerenciamento de Riscos administra as incertezas do projeto de maneira que se tenha a prévia identificação, avaliação e controle destas incertezas para que as mesmas não venham a impactar negativamente as entregas do projeto. Ao mesmo tempo, busca maximizar as chances de ocorrência dos riscos com impactos positivos.

O Gerenciamento de Riscos é aplicado em todos os estágios do projeto e, ao longo de sua condução, busca entender as causas, a probabilidade, o impacto, a oportunidade (quando houver) e a melhor ação de resposta aos riscos.

Com a correta aplicação do Gerenciamento de Riscos é possível tomar melhores decisões e eliminar custos desnecessários ao projeto.


O Gerenciamento de Riscos no PRINCE2® aplica de forma sistemática uma série de procedimentos para tratar os riscos. A eficácia destes procedimentos exige o completo mapeamento dos riscos de forma que eles sejam:
  • Identificados, para descrever claramente todos os riscos mapeados e garantir que haja o entendimento comum sobre eles;
  • Avaliados, para compreender fatores como probabilidade estimada, impacto e iminência dos riscos identificados, além de entender o nível geral do risco do projeto
  • Controlados, para administrar as respostas necessárias aos riscos e os responsáveis pelas respostas, e monitorar os resultados destas respostas.

A Estratégia de Gerenciamento de Riscos deve ser desenvolvida para o projeto considerando as normas e processos corporativos ou do programa que estejam relacionados ao tema. Isso significa que se a empresa que executa o projeto possui normas ou procedimentos estabelecidos para tratamento de riscos, estes devem ser considerados na Estratégia de Gerenciamento de Riscos do Projeto.

Outro fator importante no processo de Gerenciamento de Riscos é o nível de tolerância da organização do projeto. Este nível de tolerância também deverá ser documentado na Estratégia de Gerenciamento de Riscos com o objetivo de identificar os níveis aceitos de exposição que a organização considera aceitável. Por regra, sempre que for ultrapassado este nível de tolerância, serão produzidos Relatórios de Exceção para a tomada de decisão do Comitê Diretor do Projeto sobre como lidar com o risco. 

Ao contrário da tolerância, o apetite da organização pelo risco define o nível de disposição em assumir riscos para atingir os objetivos do projeto.

Há muito muito mais para ser escrito sobre este tema !!
Curta a página de Excelência Operacional e Gestão de Projetos no Facebook, clicando em:http://www.facebook.com/nelsonrosamilha, e, siga-me no twitter: nelsonrosamilha (vagas e dicas de gestão)

A segunda edição de meu livro de Guia Preparatório para Certificação Prince2® já esta disponível para venda aqui:




Nenhum comentário:

Postar um comentário